Nesta quinta-feira, 4, às 9h30, será realizada a primeira audiência de instrução e julgamento do processo referente ao caso do menino de dois anos de idade que teve 31 agulhas inseridas no corpo. O caso está em tramitação na Vara Criminal de Ibotirama (a 648 km de Salvador). Serão ouvidas doze testemunhas - oito delas selecionadas pelo Ministério Público Estadual (MPE) e as outras quatro escolhidas pela acusada Angelina Capistana dos Santos.
Durante a audiência, que ocorrerá no Fórum de Ibotirama, será decidido se Angelina irá a júri popular. O ex-padastro do menino, Roberto Carlos Magalhães Lopes, conhecido como "Bertinho", declarou em interrogatório que Angelina, sua suposta amante, ajudava ele a introduzir as agulhas no garoto durante rituais de magia negra. Ele não será ouvido, pois aguarda autorização para exame de sanidade mental.
Roberto Carlos e Angelina foram denunciados por tentativa de homicídio qualificado. Na denúncia, a representante do MP, a promotora Mariana Tejo de Oliveira, assinalou que os acusados tentaram matar a criança por motivo fútil e de maneira cruel.
De acordo com a promotora, eles queriam se vingar da mãe do menino porque ela estaria discutindo com Roberto Carlos por motivo de ciúmes de Angelina. Roberto Carlos confessou o crime durante o interrogatório realizado na Delegacia de Ibotirama, quando contou que saía para passear com o enteado e o levava para a casa de Angelina, a fim de efetivar o ritual de magia negra introduzindo de três a quatro objetos no corpo da criança por vez.
Crime - O garoto teve 22 agulhas retiradas do coração, pulmão, coluna, clavícula, axila e região do abdômen por meio de três cirurgias no Hospital Ana Neri, em Salvador, durante o mês de dezembro.
O crime foi descoberto também em dezembro, depois que M.S.A. foi internado no Hospital do Oeste, em Barreiras, vomitando e sentindo dores na barriga. Os objetos metálicos foram detectados por meio de exame de raio-x.
O menino ficou internado mais de um mês e teve alta hospitalar no dia 22 de janeiro, quando seguiu com sua mãe, Maria Souza dos Santos, para Barreiras, cidade do oeste baiano.

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