terça-feira, 25 de maio de 2010
PMDB DE CÃO DE GUARDA PODE VIRAR GATINHO
Se no início da pré-campanha presidencial quando Dilma Rousseff andava tateando nas pesquisas o PMDB, principal aliado do PT, funcionava como cão de guarda, exigindo muito e latindo forte, agora, quando Dilma dá demonstração de que decolou e empatou com Serra, o PMDB passou à condição de gatinho. Está miando. O PMDB é uma espécie de partido da periferia política brasileira. Não tem nomes para lançar à Presidência da República, e, de tão dividido, também não tem interesse nisso. Para ele, é melhor ser apoiador e cobrar por isso uns trocados e cargos – cargos a mancheia– além de proteção política do poder aos seus tresloucados, ou nomes notáveis que escorregam, às vezes com parte da família, como é o caso de José Sarney. Essa postura talvez não perdure. Ao que se informa, o presidente Lula está atento ao que acontece e não vai topar cobranças do PMDB, além daquelas que entender ser conveniente ceder. Porque dá forma que vai, se Dilma for eleita, o presidente vai deixar claro que o PMDB somou pouco. Foi ele, Lula (e é verdade), o grande eleitor. Sendo assim, a moeda peemedebista inflaciona e se desvaloriza. Os horizontes para a legenda, que é fisiologista desde que a ditadura acabou e surgiu a nova democracia brasileira, principalmente depois de Ulysses Guimarães, estão ficando estreitos. A geleia geral vai perder força e se conformar, como um bom bichano se conforma, com uma almofadinha compatível com o que merece.
(Samuel Celestino)
Assinar:
Postar comentários (Atom)

Nenhum comentário:
Postar um comentário